Minha foto
Nome:

Si j'aurais su qui je suis, je serais en train d'être moi même.

"Um velho alegre é um louco inofensivo que pôde curar-se de todas as paixões, menos da do ridículo; e morre coroado por ela".

Vargas Vila

Powered by Blogger

segunda-feira, outubro 23, 2006

Insônia

Ah! A tal insônia. Fruto dessa tecnologia, dessa era tecnológica. Depois de um dia produtivo vem uma noite nada produtiva. Noite madrugada. A única preocupação que eu tive a noite inteira foi: cadê meu sono? E quanto mais eu penso que eu não vou conseguir dormir (porque não estou com sono) mais nervosa eu fico e menos respiro. Os bocejos já não se completam. A falta de ar não os deixam completar. E mais e mais tem o nervosismo e cada vez menos meus pulmões se completam. O sono vem e vai como um iô-iô. É como se alguém me observasse e risse de cada bocejo sem sono. Minha cama não me chama, meu corpo cansa, mas o sono não vem. Ele simplesmente some. E a cama fica vazia, inútil e desconfortável. Se eu deito, eu me remexo de um lado pro outro e cada vez mais a agonia cresce e o sono passa. Então não deito; dá no mesmo. Não durmo, não sei dormir. E ainda brigam comigo. Não é de propósito. É essa insônia que só resolve sumir quando estou dentro do carro em movimento - dirigindo ou só ligado. Ainda vou vender minha cama, comprar galões de gasolina reserva, ligar o carro na garagem e dormi com o balanço dele.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Mudos Diálogos

É esse medo todo da decepção que nos faz ficar calados, mudos, conversando com fantasmas de dentro de nossa cabeça, diálogos entre você e seu inconsciente-anjinho e seu inconsciente-diabinho. Metáforas de uma mente bipolar. E não tente escapar: nesse mundo de contrários, se você não for bipolar, você não existe. Tudo existe em contradição com outra. As características, adjetivos, as relações sociais. O medo dos sentimentos ruins só existe porque conhecemos os bons. E é nessa esperança do bom que vem a decepção. E aí a gente aprende. Cria um casco imenso como de tartaruga, só que branco. Branco com linhas pretas, como uma folha de caderno, onde a gente anota tudo que aconteceu e deixa guardado. Anota começo, meio e fim. Qualquer situação nova, com um número x de características iguais ao do começo anotado é motivo de pânico, medo e, por que não, silêncio. Silêncio, porque não quero repetir meus erros. Silêncio, porque eu tenho que tentar algo diferente, mudar a história, usar a borracha nova - que acabei de comprar - no casco. Silêncio, porque, se a situação tá se repetindo e o único membro da história que continua sou eu, então, provavelmente, o erro sou eu. E se for, eu quero consertar sozinha. Muda, calada. Conversando comigo. E com quem me ler.

quinta-feira, outubro 12, 2006

Indignação

Não há nada melhor do que ficar no computador de madrugada tomando uma antártica gelada e fumando um carltonzinho. Deixar de pensar nos problemas, deixar de pensar nessa droga de sociedade injusta e burocrática a ponto de nada poder se fazer com relação à bosta de um prazo. Não era um prazo bem definido, afinal de contas, eles nem tinham escolhido examidores pra cada monografia ainda. Não era algo perdido. E o próprio coordenador tinha me falado que eu podia entregar depois contanto que meu orientador permitisse. Mas não. Vão me dar o trabalho de entrar com uma *bosta* de recurso.
Tudo bem. Enquanto isso eu fico com minha antártica e meu cigarro. E minha mão doendo de tanto desabafar no MSN por causa disso.

segunda-feira, outubro 09, 2006

Subjetivi... o quê?

Bagunças de monografia. No meu quarto, na minha cabeça, no meu texto. Está tudo bagunçado e, não vou mentir, mal escrito. Não me importo. Não me importo mesmo. Na altura no campeonato não dá mais pra se preocupar. Mas eu queria voltar no tempo um pouco: ter desistido da vagabundagem, não ter saído esse fim de semana que passou e ter terminado minha monografia. Agora eu estaria dormindo, prestes a acordar, com o trabalho pronto e corrigido (eu ia corrigir ontem). Eu teria tudo pronto. Tudo! Tudo.

Mas não tenho. Então vou pedir algo mais acessível agora: 10 minutinhos. Queria ficar 10 minutinhos sem pensar nesse embaralhado de conceitos que ricocheteiam dentro da minha cabeça sem permissão. Mas isso eu também não posso, senão perco o rítmo. O que me resta então é fumar um cigarro e começar a escrever a mão o novo tópico - lá fora.

Subjetividade: não quero mais ouvir falar nisso... tão cedo. Pelo menos aqui, aqui, eu posso escrever da forma mais coloquial que existe. Então foda-se esse formalismo monográfico! Falei.

sexta-feira, outubro 06, 2006

Início

Começa assim. A culpa dos livros, da monografia. Culpa desses autores que me fazem pensar em tantas coisas ao mesmo tempo e fica tudo emaranhado na minha cabeça como um monte de fio enroscado. Pra falar é complicado. Não consigo dizer nada com nada. E fica tudo perdido na minha cabeça. Faz tanto sentido pra mim. E não consigo fazer sentido pros outros.

Aí depois vem essas eleições - desculpe o termo - de merda, esses meus estudos sobre subjetividade mais voltado pra política e esses programas governamentais cada um mais igual ao outro. É tanta coisa ao mesmo tempo que fica difícil até escrever na altura do campeonato.

Sabe quando ficamos com essa mania verborrágica de gritar todos os problemas e o caos que sentimos? Sabe quando não dá pra segurar e começamos um monólogo interminável sobre coisas que nem nós mesmo entendemos, quanto mais os outros? É por aí que segue a idéia desse blog.

Depois de muito pensar resolvi que o blog é melhor do que o fotolog. Por quê? Porque, apesar de lá "estar na moda" e ser mais freqüentado, prefiro poucos leitores inteligentes a muitos idiotas. E espero que alguma coisa que eu fale cause algum transtorno, caos, bagunça, revolução.



"Promo del día: deposite "U$S" y le devolvemos mierda."
- frase de uma imagem do livro Assim falou Vargas Vila, minha mais nova aquisição.