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Si j'aurais su qui je suis, je serais en train d'être moi même.

"Um velho alegre é um louco inofensivo que pôde curar-se de todas as paixões, menos da do ridículo; e morre coroado por ela".

Vargas Vila

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segunda-feira, maio 28, 2007

Curiosidade, um luxo.

Curiosidade. Há.

Talvez eu pense um ou outro momento quem és. Mas esqueço no outro. Desde que minha memória já não é mais a mesma, ser curiosa é um luxo que não tenho direito. Então desconsidero, me pergunto e busco pistas.

Meu post anterior de nada falavam sobre eu estar melhor ou não. Você me conhece e à minha namorada. Hummm... quem serás? Ora, quem serás?

E agora por meio de conversas animadas ou desanimadas minhas comigo mesmo, eu esqueço. Não esqueço por mal, esqueço por falta. Falta de informação, falta de memória.



TPM: Hoje estou no meu momento individualista. Mas é tanto e tanto que nem eu quero ficar perto de mim e a televisão está desligada pra não roubar o meu brilho.

Música: "O usineiro vai à luta, grita "ponte que o partiu"". Chico Buarque. O Malandro.

domingo, maio 13, 2007

Ladrões de uma figa!

E se eu encontro a criatura que roubou meu carro usando as blusas que roubaram junto? Não tem muita blusa daquela no mundo. O que eu faço? Paro ela no meio da rua? Dou um direto de direita e saio rolando no pau? Ou se eu parar ela, ela saberia quem eu sou e sairia correndo e eu atrás.

- Peguem essa menina! Não deixa essa ladrazinha sair! (da festa)

Ninguém iria parar. Qual é.
Aí eu alcanço a criatura e, dando uma de brujah que não sou, imobilizo-a e pergunto:

- Onde você arrumou essa blusa?

- Eu comprei!
- Então, porque você correu que nem uma louca? Me reconheceu, hein? - não teria dado motivo, eu teria perguntado antes onde ela arrumou a blusa e ela sai correndo.
- Você quer essa merda dessa blusa? Toma! - e tira a blusa no meio da rua. Eu volto a segurá-la.
- Não, eu quero o som do meu carro de volta.

Não sei se é ela. Estou assumindo pelas blusas roubadas e pelas duas gurias que estavam do lado do carro quando chegamos com o carro ainda ligado. Estou sem acreditar até agora. Estou indignada. Estarrecida.

E de ressaca.

Vou colocar um toca fita! Vão roubar também, seus bostas!?!?

Me desculpem os palavrões. Não queria falar isso, mas... Desejo muito azar pra quem roubou. Espero que acabe atrás das grades, ou que pague um mico muito grande de se prender em algum lugar roubando, como aqueles ladrões de galinha desastrados. Tropecem e caiam com a cara no asfalto.

Esse diálogo não aconteceu. São somente historinhas na minha cabeça.

quinta-feira, maio 10, 2007

Babbler.

Eu amo minha eloqüência (louca) atual.

What does that mean?


What does that really mean?
O que isso realmente significa?
O que significa?
Ela é mais bonita?
Ela é mais legal?
Ela é mais charmosa?
Ela é mais gostosa?
Ela é mais?
Ela é sua?

Perhaps if I control myself.
Talvez se eu me controlasse.
Talvez se eu fosse mais bonita.
Mais esbelta.
Mais legal.
Menos chata.
Mais esperta.
Mais atenta.
Mais.
Sua.

So I sit and think.
Eu sento e penso.
Penso em mim.
Nós.
Nela.
No que ela significa.
No que uma bicicleta significa.
Se eu deveria andar de bicicleta.
Se eu deveria tomar um sorvete.
Ver o sol nascer.
Levar-te a um motel.
Se eu deveria cantar.
Dançar.
Se eu deveria escalar um muro.
Fazer natação.

Eu penso e me perco.
Aí eu paro de pensar. E durmo como uma anja - que tem prova daqui a pouco.

terça-feira, maio 08, 2007

Códigos.

Pequenos detalhes da sua fortificação. Uma falta. Um vazio. Uma perda abstrata que não sei explicar. Uma determinação de rumo contrário. Sem rumo. Sem partida e chegada, porque reside em um ser só. Uma puta falta de algo que se precisa. Que é necessário. Uma falta incontrolável com abundância de água e de um globo terrestre brilhante. Vontades de voar. Vontade de sentir. Desejos de voltar ao passado. Ao passado longínqüo: 10, 11, 12 anos. Vontade de nunca mais voltar. Vontade de parar e assim ficar em inércia no meu pensamento bom. Ele acaba rápido.

Eu atendo o telefone e pergunto com quem está falando. Espíritos me respondem como se fossem gente viva. Eles me rodeiam, me assustam e me protegem de mim e de quinas de vidro e ferro.

Dormir é para os fortes. É para aqueles que tem coragem de sonhar contigo. É para quem tem alguma força. Porra, divide aí, egoísta! Divide a força, então! São 3 horas da manhã. Eu exercito minhas pálpebras com levantamento de peso, de olhos pesados. Eles querem descansar, minha cabeça quer explodir. Mas a cabeça não explode. Desça mais pra ver a explosão e a corrida para o primeiro lugar. Fórmula Um até o hospital mais próximo ou delegacia de polícia. - Houve uma explosão. E eu não explodi, droga, sempre perco o que é emocionante.

Eu quero parar o mundo. Não quero fazer sentido. Ahá, finalmente disse algo que presta, que funciona. Eu nunca faço sentido, então estou mais que certeira ao pedir para, realmente, não fazê-lo.

Eu sinto o frio. Ponho roupa, me visto e a rasgo, repetidas vezes, roupa por roupa. A partir disso acabo com todo meu enxoval. Tenho que comprar mais cobertores. Eu sinto até o frio do cigarro aceso. Uma inspiração fria. Um estímulo frio. Quase que tão triste de frio. Peço explosões para esquentar. Meus edredons nada funcionam para o frio, nem meus bichos de pelúcia. Quase os jogo todos fora. Eu quero jogar tudo que é velho fora. Quero limpar meu quarto. Quero tomar um banho. Quero deitar na banheira, boiar na piscina, ferver numa sauna até derreter e sumir. Quero ser invisível e ver mais do que me permitem ver. Essa droga desse muro de concreto é alto demais, merda. O muro de Berlim foi reerguido. Foi recapitulado e relocalizado. Tá na frente da minha casa. E eu estou presa aqui. Presa, burra e alienada. Eu não sou nada. Eu sou as conseqüências de todos os anos. Todos todos todos do mundo todo. Eu sou conseqüências malignas, resultado de coisas ruins e idiotas. Uma dívida.

Eu sinto o vazio. Eu caminho no vazio com agonia como aquelas visões de infância. Pedras distantes se aproximavam em direção ao meu rosto. O peso aumentava, o tamanho crescia e parecia me engolir, me penetrar de uma forma não muito saudável. Essa visão me matava. E depois ela reapareceu como um nirvana. Uma sensação de paz, agora, bem substituída por um vazio abismo, como se fosse uma cor. Cor de vazio abismo. Não é preto. Vou usar isso no próximo jogo. Quem vai dizer que isso não é cor? Quem vai ter coragem de dizer isso pra mim? Vazio sem cérebro. Só sangue sangue sangue. Uma sala vermelha, lembrando um pouco pedaços do Mc Donald's e qualquer outra lanchonete avermelhada. Uma sala toda vermelha com um batuque único e contínuo. Até a hora que ele pára. As luzes se apagam, se acendem, se apagam, se acendem. Como uma árvore de natal na época errada, situada no teto de um local de festa dos anos 70. De repente, tudo some. E não há espelhos, não há cama, não há coração, não há sala, não há porra nenhuma.

Não tem nem você. E nem eu.

quinta-feira, maio 03, 2007

Já estou cansada de não gostar de mim.

Descobri o que está errado. Eu não sou eu mais. Eu não me amo mais.

Poxa, tantas vezes eu falei e acabei fazendo meu erro. Demorou pra eu descobrir, mas pelo menos descobri.

Eu: Liana. Eu sou geminiana, cheia de amigos e cheia de diálogos paralelos. Eu sou amorosa e gosto de ser independente. Gosto de amar, porque amo, não por necessidade. Gosto de receber em troco o que faço, mas não costumo pedir. Gosto de me amar, gosto de mostrar que me amo. Gosto de felicidade nas coisas pequenas e na simplicidade. Eu gosto de simplificar sem discriminar. Gosto de ver o céu ensolarado e sentir a brisa pouco fria pouco quente batendo na minha pele. E eu, fumando um cigarro, pensar: é disso que estou falando. Dos pequenos prazeres que viram grandes aos olhos de quem quer ver.

Eu tenho que mudar. Eu tenho que começar de fora pra dentro, porque é mais fácil. E não quero esperar a segunda-feira. Tratarei disso agora, já! Antes que eu esqueça. Meu primeiro passo é um estilo novo, um corte de cabelo manjado e, depois, uma tatuagem. Depois meus hábitos alimentares - é, tenho que emagrecer.

Tenho que me esquecer da tristeza. Eu não causo toda a sua tristeza. Eu não posso ficar triste por você. Não o tempo todo.

Eu quero a felicidade. Aquela que eu bem conhecia. Que bem me cabe, que é bem eu e não fruto de alguém. Eu quero me amar. Eu quero ser eu.