Minha foto
Nome:

Si j'aurais su qui je suis, je serais en train d'être moi même.

"Um velho alegre é um louco inofensivo que pôde curar-se de todas as paixões, menos da do ridículo; e morre coroado por ela".

Vargas Vila

Powered by Blogger

segunda-feira, julho 30, 2007

Across the night

The destruction came back again. And it came in double. I should've known I couldn't walk away from it. Deal, deal, deal! How am I supposed to deal if it drives me to that same old edge? Perhaps it is you, perhaps it brought back my greastest words. Perhaps I'm weak. Perhaps I'm supposed to it.



don't jump.

quinta-feira, julho 26, 2007

A porta.

A ela falta espírito, mas não um pingo de vidência. Sim, somente um pingo. Uma projeção que a coloca no futuro e dá a ela a essência, não o espírito. Ela des-sente as coisas. Ela desiste depois de tentar. Ela é intrasigente por parte de mãe e interesseira por parte de pai. Seu nome deveria começar com "i" de idiota, insensível. Para ela nada a falta. Ela acha que tem tudo. Ela acha que sabe mais. Ela gosta só de ganhar e perder não é para perdedores, mas para seus concorrentes. Eles não são perdedores, eles apenas não são ela. Mas falta espírito, falta alma. Porque alma é algo divino e ela não têm crenças religiosas. Ela não tem alma, como não tem pecados. Ela nada sabe. Ela é socrática, nietzschiana, kantiana e qualquer outro contrário filosófico. Ela é burra como uma porta, com pouca leitura por diversão - apenas por obrigação. Ela não lê livros completos. Ela sempre trabalha com essência de tudo. Essência e cheiros. Ultimamente algo não vem cheirando bem, mas ela sabe tapar o nariz e respirar pela boca até ficar com dor de garganta de tanto cigarro diário. Ela é só essência sem alma. Ela só sabe metade. A outra metade fica atrás da porta, nas suas costas, nas costas da porta - porta que ela é. Ela nada sabe. Ela é retórica. Ela é a retórica em pessoa, em forma de porta.

Então ela resolve sentar-se (e porta senta?) e contemplar o nada. O nada dos outros, acreditando, então, que é tudo. E que um dia convencerá os outros que tudo sabe, mesmo não sabendo nada. Ela ri e diz:

- Meu mundo está completo, organizado. Meu mundo é um caos belo, beleza de qualquer filósofo. Meu mundo é meu, meu, meu. Meu mundo. Ahhhh! Está completo.

Ela acende um cigarro, olha pra aquele lindo pôr-do-sol de Brasília - daqueles que só aqui existe. Ela bebe o café quente-morno. Ela ri sozinha - como sempre. E depois dorme sonhando: "dane-se o pensamento dos outros, eu sei de tudo". Mesmo não sabendo nada.